terça-feira, 31 de julho de 2007

Greve...

Bom, deixa eu exorcizar um demônio.

No começo de 2004, os professores da ETE e de outras escolas publicas decretaram greve por aumento de salários. Eu vivi o pior lado possível, o de aluno, e no pior momento possível, no segundo semestre de técnico.

Deixo explicar melhor, a greve dos professores da ETE teve uma adesão dos professores da Lauro Gomes e da Júlio de Mesquita, mais do pessoal do técnico (que dá aula de tarde e de noite) do que do pessoal do médio, eu fazia o terceiro ano do colegial, onde tivemos uma professora (Sônia (?), de História, lembro mais do seu "Mercantilismo" do que do seu nome :D) que "entrou" na greve, enquanto quase TODOS os meus professores do técnico entraram em greve e um ou dois que sobraram, "entraram" na greve.

Segundo ano de técnico, deveria aprender o que? Circuitos Alternados (leia-se resistores e capacitores mais a freqüência no meio, pra esmerdear tudo, era com o.... puta que pariu, fugiu o nome... dava aula com o Fialho de Informática no primeiro), Eletromagnetismo (Com uma professora muito legal, que o imbecil aqui esqueceu o nome, só sei que ela é, ou era, de Diadema, e com o Miyagui terrorista, um chinês baixinho metódico (leia-se filho da puta), que dá (ou dava, vai que ele morreu) aula na Jorge Street) Estatística (não esqueço dessa matéria, já que eu fiquei de DP dela :D) e mais aulas de Sistemas Digitais com o Brozô (Clássico), Wanderley (Crássico) e se pá, o Egmar (motivo pelo qual, eu estar fazendo licenciatura, sério) (não sei mesmo se o Egmar dava aula no segundo, acho que sim, preciso confirmar).

Então, no meio de março, estoura a greve, vários professores avisando que não vão dar aula pelo motivo nobre, salários baixos e os alunos que sentassem no nabo.

...os alunos que sentassem no nabo era apenas para com aqueles que levavam a sério a matéria, coisa quase inexistente na nossa turma (digo isso, por que acho até que o José tinha ficado feliz com isso, aliás, preciso me encontrar com aquele português, ultimo paradeiro dele era Faculdade de Engenharia Eletrônica na FEI), o resto estava feliz, não ter aulas, não precisar ir para a ETE, ficar coçando em casa> Claro que isso, era na idade da gente e também a classe era nova demais.

Foram mais ou menos, umas 3 semanas de greve, pelo o que eu me lembre, sei que na ultima semana em especial, houve uma "debandada" do pessoal do técnico, já ou tinham conseguido a metade das reivindicações (logo, todas :D), ou não tinham conseguido nada, ai, o professor de CA, veio nos expor a notícia do front (Diniz, agora lembrei dele :D), foi aí que eu vi que a corda sempre estouraria do lado mais fraco, e é uma coisa que eu penso, mais abaixo, vou exemplificar minhas idéias. Foi um depoimento sincero da parte dele, pode até ter soado um pouco manipulado, mas, foi sincero.

As aulas voltam ao ritmo de sempre, mas, a merda já estava consumada... queria saber como foi o estrago para os outros cursos/anos de EN, nessa greve...

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A minha idéia de professor grevista não é apenas aquela de "ah, vamos parar", sei lá, pode existir uma explicação e uma compreensão para o aluno e não apenas parar. Ensinar o aluno sobre política (afinal, acho que quem pode se foder lindamente nessas greves são os alunos de fundamental/médio/técnico, mais do que os de faculdade, mas, a idéia está aí), sobre o movimento grevista dos professores e das presepadas educacionais do governo municipal/estadual/federal. Deixar que o aluno compreenda, cresça no conhecimento e poder estimular o senso crítico...

Se quiser parar, pare uns dois 3 dias, mais avise aos alunos que está em greve, mas que dará "aulas" sobre como é o imbróglio. Acho que vale muito a pena...

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